Transporte Ferroviário: o futuro da logística no Brasil

Transporte Ferroviário: o futuro da logística no Brasil

Estável em diversos países o meio de transporte ferroviário tem muito potencial de expansão no Brasil.

 

O sistema ferroviário oferece oportunidades de crescimento. Mais do que um meio eficiente de transporte de mercadorias, os trens também são o principal meio de transporte de passageiros, e considerados muito eficientes para cidades que não podem se expandir e devem evitar o colapso urbano.

 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) as cidades deverão acolher cerca de dois terços da população mundial até 2050. Além disso, o número de megacidades — com população superior a 10 milhões — deverá chegar a 43 até 2030 no Brasil, hoje são 33. Os dados sustentam a demanda das cidades por crescimento planejado com investimentos significativos em sistemas de transporte capazes de conectar pessoas de um ponto a outro de forma simples rápida e eficaz.

 

No Brasil a expansão das ferrovias chega a cerca de 30.000 km e conforme o Plano Nacional de Logística 2035 a participação do sistema ferroviário nacional deverá aumentar em 30% nos próximos anos. Esta previsão reforça a necessidade de pesquisas sobre redes de transporte de passageiros adaptadas às necessidades das cidades e populações.

 

Ao falar de sistemas transportes, podemos destacar duas modalidades: as troncais, as linhas que operam nas principais vias das cidades e têm como origem e destino pontos de grande concentração de pessoas, como terminais; e as linhas alimentadoras, compostas por transportes que percorrem pequenos trajetos e redistribuem a demanda de passageiros pelos bairros.

 

A partir do momento que os modais assumem o seu papel com qualidade e passam a ser complementares, é possível melhorar a mobilidade das pessoas em seus deslocamentos diários.

 

Na matriz de transporte brasileira, um dos fatores responsáveis pelo atraso dos sistemas ferroviários é a renúncia prematura aos trens e bondes para atender a uma política de expansão rodoviária, intensificada a partir da década de 1950, com o avanço da indústria automobilística. Em um modelo ideal de desenvolvimento planejado, poderíamos ter a expansão dos dois sistemas de maneira conjunta, sem perder eficiência e capacidade de transporte.

 

Soluções ferroviárias

 

Com o planejamento e a priorização do transporte coletivo de passageiros por parte dos governos, os modais ferroviários ganham protagonismo, aumentando a qualidade do serviço à população. O Chile é um bom exemplo sobre o bom aproveitamento do sistema ferroviário. Por meio de um projeto de expansão estratégico e planejado, o país investe em ferrovias que cruzam todo o território.

 

Considerando o contexto de deslocamentos intercidades e turísticos, estão os modelos tracionados por locomotiva, chamados de passenger coaches, quando uma locomotiva fornece a energia necessária para deslocar os demais vagões, além dos multiple units, modelos que contam com composições de dois a seis carros, podendo apresentar diferentes opções de propulsão, incluindo versões híbridas ou zero emissões, todos alinhados ao desafio de um sistema de transporte mais sustentável e limpo.

 

Paralelamente, outras oportunidades surgem para a mobilidade ferroviária no meio urbano, com os veículos leves sobre trilhos (VLTs), que apresentam vantagens como baixo custo de operação, longa vida útil e alta capacidade de transporte de passageiros.

 

Atualmente, temos dois importantes cases de VLTs no Brasil: o sistema de Santos, que também atende São Vicente, abrange 15 estações e mais de 70 mil passageiros transportados diariamente, de acordo com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Também o VLT carioca, que percorre do centro da capital do Rio de Janeiro até a zona portuária, conectando trens, ônibus, rodoviária e terminal de cruzeiros, com 29 estações, divididas em três linhas. No período pré-pandêmico, cerca de 110 mil passageiros utilizavam o sistema diariamente. Hoje, a circulação representa aproximadamente 50,55% deste montante, segundo dados da VLT Rio, da Prefeitura do Rio de Janeiro.

 

Além dos esforços para modernizar a infraestrutura, o Brasil ainda é um potencial fornecedor na fabricação de trens, com indústrias nacionais aptas à produção local. A nacionalização da produção dos transportes ferroviários impacta diretamente a geração de empregos e garante soluções mais competitivas, dentro do cenário futuro de expansão do modal sobre trilhos no País.

 

Malha ferroviária nos portos

 

Apesar de existirem uma grande quantidade de portos no Brasil, o de Santos sempre foi e segue sendo o mais utilizado, justamente pela Malha ferroviária no porto de santos e pelo fácil acesso pelas rodovias, que conectam a cidade de São Paulo, a maior do país.

 

A cada ano, a quantidade de containers que são movimentados pelo Porto de Santos aumenta. Em 2019, por exemplo, foram movimentados mais de 45 milhões de toneladas nos containers, número um pouco superior que o ano anterior, que também passou dessa marca, sendo o segundo maior porto em movimentação de contêineres na América Latina.

 

No total, o Porto de Santos representa 28% de toda a movimentação portuária do país, enquanto o 2° até o 5° colocado representam 22%. Todos os outros portos representam os 50% restantes.

 

Nos últimos anos, a linha rodoviária comportou 58% do transporte de mercadorias para o porto, enquanto a linha ferroviária cerca de 36%.

 

Em relação a Malha ferroviária no porto de santos, é uma malha bastante extensa e compreende uma grande porcentagem de toda a malha ferroviária do país. No total, cerca de 67% da malha ferroviária brasileira abastece o Porto de Santos.

 

Outras linhas ferroviárias importantes que ligam os portos:

 

  • EF Carajás da Vale, da mina no Pará ao Porto de Ponta da Madeira (MA);
  • EF Vitória a Minas da Vale, da região de Belo Horizonte ao Porto de Tubarão em Vitória, conexão também utilizada pela VLI desde o Centro-Oeste;
  • Rumo Malha Norte e Malha Paulista, desde Rondonópolis (MT) até o Porto de Santos. VLI e MRS também chegam a Santos, vindas de Campinas e Pederneiras, respectivamente;
  • Rumo Malha Sul, do Oeste do Paraná e de Santa Catarina até os Portos de Paranaguá e de São Francisco do Sul, respectivamente. Há também ligação com o Porto de Rio Grande (RS);
  • MRS, da região de Belo Horizonte para os Portos de Sepetiba (RJ) e de Santos;
  • FTL (Ferrovia Transnordestina Logística), de Itaqui (MA) a Fortaleza (CE);
  • FTC (Ferrovia Tereza Cristina) do Porto de Imbituba (SC) à Usina Jorge Lacerda (SC); e
  • FIOL 1 da BAMIN, de Caetité (BA) ao Porto de Ilhéus (BA). Entrará em operação em 2026.

 

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