Novos casos de Covid na China devem manter frete marítimo alto

Novos casos de Covid na China devem manter frete marítimo alto

Medidas restritivas foram tomadas em mais de 10 cidades na China, e especialistas dizem que os portos devem atrasar o recebimento de produtos agrícolas pelos navios, prolongando as consequências da crise dos contêineres.

 

O lockdown adotado em mais de 10 cidades da China no dia 15, após a nova epidemia de Covid19, pode agravar a crise no transporte marítimo de produtos exportados, mantendo o  valor das mercadorias em patamar elevado, segundo especialistas da o setor.

 

Desde o ano passado, os produtores tiveram de lidar com a falta de contentores e atrasos nos tempos de exportação e importação devido à elevada procura de mercadorias no âmbito do regresso das atividades comerciais, até então paralisadas pela pandemia de Covid.

 

Na agricultura brasileira, os setores de algodão e carnes registraram perdas por atrasos nos embarques.

 

O preço do transporte subiu de US$ 2.000 para US$ 10.000 por  contêiner, no caso da rota para o Brasil, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em julho de 2021.

 

O cenário deve melhorar em 2022. No entanto, as novas restrições na China atrasarão o alívio esperado.

 

“Com as restrições nos portos na China devido ao Covid, além do clima com a guerra na Ucrânia, em breve haverá engarrafamentos de carga, atrasos e fretes não poderão não há como reduzir o transporte”, afirma Wagner Rodrigo Cruz de Souza, diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Terminais Retroportuários e Transporte de Contêineres (ABTTC),

 

Os maiores problemas logísticos no transporte marítimo devem ser registrados em Shenzhen, cidade chinesa que possui um dos portos mais movimentados e abriga empresas de tecnologia.

 

Novos casos de Covid na China devem manter frete marítimo alto

 

O que  os exportadores estão dizendo?

 

Tolerância zero à Covid na China deixa todos em alerta para um cenário de piora no  transporte, segundo o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Grãos (Anec), Sérgio Mendes.

 

“A China tem uma política de tolerância zero para a Covid,  que é uma preocupação ainda mais distante. no transporte”, diz.

 

“No caso de grãos, tanto a saída do Brasil quanto a chegada à China se dão por diversos portos importantes, portanto, qualquer redução de atividade em  determinado porto não afetará ou preocupará as exportações brasileiras de cereais.”

 

O presidente da cooperativa dos plantadores de cana-de-açúcar (Coplacana), Arnaldo Bortoletto, explica que o clima é incerto. “Não há muito o que fazer no momento. . Tudo é muito incerto, nada pode ser esperado.

 

A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão disse ainda não ter registado impacto nas exportações de algodão.

 

Fonte: g1.globo.com

 

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