Participação do Brasil no mercado internacional de carnes

Participação do Brasil no mercado internacional de carnes

O Brasil possui um grande destaque no mercado internacional de carnes, sendo o maior exportador de carne bovina e de frango. Segundo dados do IBGE, o Brasil possui 12% do rebanho bovino mundial, cerca de 238 milhões de cabeças, logo, além de abastecer o mercado interno, o Brasil exporta bastante carne bovina, garantindo uma alta receita com esses embarques.

 

Em relação à carne de frango, o Brasil também lidera as exportações e ocupa a 3ª colocação no ranking dos principais produtores, atrás dos Estados Unidos e da China.

 

Em 2024, o Brasil embarcou 2,89 milhões de toneladas da proteína, o que representa uma alta de 26% em relação a 2023, e entre janeiro e maio deste ano (2025),

 

Principais destinos das carnes brasileiras

 

A carne bovina brasileira, proveniente majoritariamente do Mato Grosso, de São Paulo e do Goiás, tem como principais destinos países como China, Estados Unidos, Chile, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Egito e Rússia.

 

Entre janeiro e maio deste ano, o Brasil exportou cerca de US$5,25 bilhões da proteína, sendo quase 50% para a China, totalizando mais de 1 milhão de toneladas. Esse resultado representa uma alta de 22,7% e 10,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2024.

 

Em relação ao frango, o Brasil exportou cerca de US$3,8 bilhões entre janeiro e maio de 2025, totalizando mais de 2 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7,7% e 4,1%, respectivamente. A região sul do Brasil é responsável por praticamente 75% de todo o frango exportado pelo Brasil, com destaque para o Paraná (aproximadamente 40%). Em relação aos principais destinos, o top 5 do ranking é composto pela China, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Japão e México.

 

Exigências sanitárias e barreiras comerciais

 

O mês de maio foi marcante para a avicultura mundial, em especial para a brasileira, visto que pela primeira vez na história foi registrada uma ocorrência de influenza aviária de alta patogenicidade em granja comercial no Brasil. Em decorrência desse fato, as exportações brasileiras caíram 12,9% no último mês, em comparação com maio de 2024.

 

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o impacto foi menor do que o registrado em outros países afetados, graças à estratégia da indústria de redirecionar os embarques para outros mercados.

 

O volume exportado no mês foi de 393,4 mil toneladas, frente a 451,6 mil no ano anterior, mas ainda próximo da média mensal. Apesar da queda, a receita total de maio chegou a US$741,1 milhões, uma redução de 9,5%. De janeiro a maio, o volume acumulado exportado aumentou 4,8%, totalizando 2,256 milhões de toneladas, com uma receita de US$4,23 bilhões, alta de 10,18%.

 

Alguns países, como o Japão, limitaram os embargos a produtos da região afetada, enquanto outros, como a China, suspenderam as compras de todo o país. Em contrapartida, mercados como a União Europeia aumentaram as importações em 46,2%, compensando parte das perdas. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a regionalização dos embargos, destacando que o Brasil, por ser um país continental, não deve sofrer restrições nacionais por casos localizados.

 

A última atualização divulgada pelo Governo Federal constam as seguintes restrições:

 

Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia, Índia, Macedônia do Norte e Kuwait.

 

Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão, Ucrânia, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão, Angola e Namíbia.

 

Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão.

 

No entanto, ainda não há razões para preocupações maiores. A qualidade das carnes brasileiras, seja de aves, bovina ou suína, a grande capacidade produtiva, disponibilidade de áreas para expansão e acordos comerciais em negociação geram um cenário positivo para os embarques brasileiros.

 

Além disso, a adoção de tecnologias voltadas ao bem-estar animal e à sustentabilidade deve fortalecer ainda mais a imagem do Brasil como fornecedor confiável no mercado internacional. Por outro lado, as barreiras sanitárias e exigências ambientais mais rígidas, especialmente da Europa, demandam investimentos constantes em controle de qualidade e boas práticas, então o Brasil precisará equilibrar competitividade com responsabilidade socioambiental e diplomacia comercial ativa, garantindo assim ainda mais competitividades nesses segmentos!

https://abpa-br.org/

https://abiec.com.br/

https://forbes.com.br/forbesagro/2025/04/exportacoes-de-carne-de-frango-do-brasil-sobem-137-no-1o-trimestre

 

 

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