O impacto da pandemia aumentou os preços das taxas de frete, principalmente no setor de transporte marítimo, e muitas empresas tiveram prejuízos graves no 1º semestre do ano.
Na China, as Associações de comércio estão pressionando o governo exigindo medidas para baixarem os preços das altas taxas. Mesma situação ocorre nos países europeus. Em Bruxelas, o Conselho Europeu de Carregadores exigem da Comissão Europeia explicações do aumento de impostos no transporte de cargas.
Em Washington, as maiores redes de varejistas pedem que as autoridades examinem as regras do mercado. Porém, nos Estados Unidos, os problemas vão além do aumento das taxas e dos impostos no frete. A carência de contêineres nas principais rotas transpacíficas e a sobrecarga nos portos marítimos têm preocupado os exportadores norte-americanos.
A Comissão Marítima Federal iniciou uma consulta no final do ano passado sobre o congestionamento portuário, mas os gargalos persistem rumo ao pico sazonal antes do Ano Novo Chinês, em fevereiro de 2021.
Situação do frete no Brasil
O frete no Brasil, já algum tempo é considerado alto, principalmente com relação aos países da Ásia. Por motivos de baixa demanda de importações e a redução de frotas marítimas.
Esse cenário desde 2017 vem mudando, mas com a pandemia os preços voltaram a aumentar. Hoje o frete pode chegar a absurdos USD10mil por TEU.
Em janeiro de 2021, isso aconteceu. O frete marítimo para a rota China-Brasil quintuplicou e chegou nos três dígitos. “É um nível histórico, nunca tinha visto o frete alcançar esse valor”, afirmou Luigi Ferrini, VP Sênior da Hapag-Lloyd no Brasil.
Leia mais: Frete marítimo China-Brasil: por que ele quintuplicou?
Nesse período complicado por meio da pandemia, muitos armadores também escolheram omitir rotas e parar apenas em alguns portos.
Com a recuperação da economia global, países de todos os continentes voltaram a demandar produtos provenientes da Ásia. Como a lei da procura e oferta sugere, com o aumento da demanda por produtos chineses para repor estoques, houve a tentativa de controle por parte de armadores, que aumentaram o preço do frete internacional e até declinaram BIDs.
Muitos players também se viram no “efeito substituição” (o frete aéreo também sofreu um aumento de 200% fazendo com que a estratégia de modais migrasse para o modal marítimo, aumentando ainda mais a demanda neste).
Com Europa, Estados Unidos e Brasil disputando os fretes internacionais, mais um problema surgiu: a falta de contêineres. Situação que já não era novidade, mas que após o encalhe do navio Ever Given no Canal de Suez, passou a preocupar ainda mais.
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