Quem atua no comércio exterior já está familiarizado com os termos “FOB”, “CIF”, “Ex-Works” dentre outros que fazem parte dos Incoterms, totalizando 11.
Vamos entender mais sobre cada um deles e a importância dos Incoterms para o sucesso das operações internacionais?
Qual é a origem dos Incoterms no comércio internacional?
Os Termos Internacionais de Comércio (Incoterms) foram criados pela Câmara de Comércio Internacional (ICC), em 1936, com o objetivo de padronizar as regras para transações comerciais internacionais. Eles surgiram devido às frequentes disputas e confusões causadas pelas diferentes interpretações de responsabilidades, custos e riscos entre exportadores e importadores de diversos países.
Então, a ICC, sediada em Paris, reuniu especialistas em comércio internacional para elaborar um conjunto de regras que promovessem clareza e previsibilidade nas negociações, tornando esse contato entre comprador e vendedor bem mais simples e direto.
Os Incoterms promovem a eficiência e a previsibilidade nas operações, ao criar uma linguagem universal (representada pelas siglas que utilizamos no dia a dia) reconhecida por empresas e autoridades aduaneiras em todo o mundo. Com isso, eles facilitam negociações mais ágeis e transparentes, contribuindo para o fluxo de mercadorias no comércio internacional. Atualizados regularmente, os Incoterms refletem as mudanças nas práticas comerciais e ajudam as empresas a se adaptarem a novas demandas e cenários econômicos, sendo uma ferramenta indispensável para reduzir riscos e melhorar a gestão das operações globais.
FOB, CIF e EXW
Vamos entender um pouco mais sobre esses 3 Incoterms e como cada um deles facilita as transações internacionais?
- FOB (Free on Board): ao utilizar este Incoterm, o exportador é responsável por entregar a mercadoria a bordo do navio no porto de embarque definido, arcando com os custos e riscos até esse ponto. As despesas até o embarque, incluindo transporte interno e taxas portuárias, ficam por conta do exportador, assim como os procedimentos de exportação (licenças, documentação). Já as responsabilidades do comprador incluem o transporte marítimo, seguro (se desejado), desembarque no destino e custos subsequentes.
- CIF (Cost, Insurance and Freight): neste caso, o vendedor cobre os custos, o frete e o seguro da mercadoria até o porto de destino definido. O seguro marítimo com cobertura mínima também fica sob a sua responsabilidade, cabendo ao importador verificar se ele atende às suas necessidades. Já o importador é responsável pelos riscos a partir da chegada ao porto de destino e os custos pós-desembarque, como desembaraço aduaneiro e transporte interno.
- EXW (Ex Works): ao optar pelo EXW, o exportador tem a responsabilidade mínima na operação. Ele apenas disponibiliza a mercadoria nas suas instalações (fábrica, armazém) e o comprador assume todos os custos e riscos a partir desse ponto. Todo o transporte, seguro, documentação e desembaraço aduaneiro desde a origem até o destino final são de responsabilidade do importador. Este Incoterm pode ser utilizado em qualquer modal de transporte, sendo ideal para importadores já experientes.
Como escolher o Incoterm certo para a sua operação?
A escolha do Incoterm correto para uma operação de comércio exterior é fundamental para garantir uma transação eficiente, minimizar riscos e evitar custos desnecessários.
A decisão por determinado Incoterm deve levar em consideração fatores como o modal de transporte, o nível de controle desejado e o relacionamento entre importador e exportador, bem como as habilidades e experiências de cada um nas operações.
Primeiramente, analise o modal de transporte utilizado, pois alguns Incoterms, como FOB, CIF e FAS, são exclusivos para transporte marítimo, enquanto outros, como EXW, FCA e DAP, podem ser usados em diferentes modais. Outro fator importante a se considerar é o nível de responsabilidade e controle que cada parte deseja ter. Por exemplo, EXW (Ex Works) é ideal para importadores experientes que desejam realizar todas as etapas do processo logístico desde a origem.
Considere também o grau de confiança e experiência entre as partes envolvidas. Em negociações com novos parceiros ou mercados desconhecidos, termos como CIF (Cost, Insurance and Freight) podem ser mais vantajosos para importadores, já que o vendedor cuida do transporte e do seguro até o porto de destino.
Avalie também os custos e riscos envolvidos. Empresas que desejam minimizar custos podem optar por termos como FOB, enquanto aquelas que preferem maior segurança logística podem escolher Incoterms mais abrangentes, como CIF ou DAP. A escolha correta do Incoterm é estratégica, varia a cada operação e precisa atender às necessidades operacionais e comerciais do processo.
Por isso, contar com uma empresa que possui experiência e muito conhecimento na área é ideal para que as suas operações no comércio exterior sejam de fato um sucesso.
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