A relação entre Brasil e Estados Unidos é uma das mais estratégicas no cenário internacional, sendo marcada por um histórico de cooperação diplomática e comercial. Desde o reconhecimento da independência brasileira pelos EUA em 1824, os laços entre as duas nações vêm se fortalecendo, com parcerias que vão muito além do campo político.
Atualmente, os EUA estão entre os principais destinos das exportações brasileiras, com destaque para produtos como petróleo, celulose, aço, café, aeronaves e produtos industrializados de alto valor agregado. Ao mesmo tempo, o país norte-americano também é um dos maiores investidores diretos no Brasil, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de setores como tecnologia, energia, agronegócio e indústria farmacêutica.
O comércio bilateral é impulsionado por diversos acordos e mecanismos de cooperação, sendo o ATEC (Acordo de Cooperação Econômica e Comercial) um dos mais relevantes e que visa facilitar o diálogo entre os países em temas como comércio, investimentos e propriedade intelectual. Outro avanço importante dessa tão importante relação bilateral foi o Protocolo de Facilitação de Comércio, assinado em 2020, que modernizou as práticas alfandegárias e reduziu barreiras não tarifárias, tornando os processos mais ágeis e previsíveis para empresas de ambos os lados.
Relação comercial entre Brasil e Estados Unidos em 2025
Este ano, após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, o mundo pôde observar uma série de mudanças em relação às tarifas de importação que impactaram diferentes mercados.
Os Estados Unidos costumam criticar o Brasil por aplicar tarifas altas e impor barreiras a certos produtos importados, como etanol, carros, produtos químicos e aço. Apesar disso, os americanos têm se beneficiado mais dessa relação comercial, já que exportam mais para o Brasil do que importam há 15 anos. Quando Donald Trump impôs tarifas baseadas no déficit dos EUA com outros países, o Brasil acabou recebendo uma taxa menor (10%) em comparação com países como Japão, Índia e China, o que foi visto como uma situação relativamente favorável. No entanto, no final de maio, Trump dobrou de 25% para 50% a taxação sobre as importações de aço e alumínio, impactando diretamente o Brasil, segundo maior fornecedor de aço para os EUA.
Segundo economistas, os efeitos dessas ações devem ser moderados para ambas as economias, podendo causar uma leve redução no crescimento econômico, mas sem grandes danos. No entanto, o clima global de incerteza e a tensão no mercado financeiro acabam pressionando economias emergentes como o Brasil. Há também preocupações de que essas disputas comerciais possam levar os EUA a uma recessão, o que teria reflexos no mundo todo.
No primeiro trimestre deste ano, no entanto, o comércio entre EUA e Brasil atingiu um novo recorde, quando a soma de todas as importações e exportações entre eles chegou a US$19,97 bilhões, alta de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024, sendo o maior valor nominal desde o início da série histórica em 1997. No acumulado dos 5 primeiros meses de 2025, a corrente já ultrapassa os US$34 bilhões, com alta de 5% nas exportações brasileiras para os EUA e de 10% nas importações oriundas do país norte-americano. Dessa forma, os EUA se mantêm como o segundo principal parceiro comercial do Brasil tanto nas importações como nas exportações.
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